Dança Criativa: Imaginação


Disciplina: AEC Dança Criativa
Tema: Imaginação
Idades: 2º Ciclo
Data da aula: 29 de Novembro e 4 de Dezembro de 2017

Acho sempre útil usar a imaginação dos meus alunos, sempre que a minha me falha.

As aulas de dança criativa podem ser verdadeiros mistérios até à altura em que realmente não temos mais volta a dar: eles estão a olhar para ti a perguntar o que vão fazer hoje e de repente alguma coisa terá de acontecer. Quando estou assim, a minha técnica é perguntar-lhes sobre um assunto qualquer de adultos e perceber qual a visão delas. Isso geralmente inspira-me imenso a dar-lhes exercícios criativos.

Desta vez, eu estava ultra bloqueada a pensar no espectáculo que tenho de preparar para as colegas mais velhas delas e muito menos disponibilidade tinha para pensar na aula que lhes ia dar. Para tentar sair daquela situação, decidi desenhar um pouco aquilo que eu imaginava apresentar. O problema é que o meu talento para o desenho é bastante reduzido.

Acabei a rir-me do meu desenho, a pensar no que alguém diria que aquilo era se o visse.

E assim percebi que o podia utilizar na minha aula. Fui por cinco etapas diferentes:
  1. Olharem para o desenho sem dizer nada (para não se influenciarem com a opinião das outras)
  2. Que me dissessem o que tinham visto, o que é que aquilo lhes parecia
  3. Contar-lhes o que aquilo era na realidade
  4. Escolherem uma das realidades e adicionarem quantas coisas quisessem até criarem a sua história
  5. Depois de as ajudar a descobrir a moral da sua história, criarem uma dança com base nessa moral
Elas adoraram toda a parte da imaginação, claro. E eu, sempre que posso, incluo uma pequena aprendizagem sobre a vida e sobre a arte. Neste caso foi sobre arte: não é apenas porque foi criado para ser uma coisa concreta, que não pode ser interpretado como outra completamente diferente. Não há apenas uma verdade, mas várias perspectivas. De alguma forma também esta aprendizagem é sobre a vida, mas vou deixar que descubram essa parte por elas próprias. Para já, importa-me que percebam que a imaginação delas é um ponto de princípio viável e muito forte. E o resto seguir-se-lhe-à.

Enjoy...!
LP

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